Muitas mães e pais, principalmente de primeira viagem, podem ter dúvidas em relação ao desenvolvimento motor do seu filho. Perguntas como: Será que seu desenvolvimento está adequado? Já não era hora de rolar ou sentar? Quando meu bebê vai começar a engatinhar ou andar? Esse tipo de pergunta é muito comum e ninguém melhor do que um fisioterapeuta especializado em pediatria para responder essas e outras questões relacionadas ao desenvolvimento dos pequenos. 

O fisioterapeuta pediátrico é o profissional indicado para identificar os marcos do desenvolvimento e assim, verificar se o desenvolvimento está dentro do esperado. Ainda, é capaz de apontar a causa para o bebê não estar realizando alguma habilidade (sentar, engatinhar, andar), as possíveis causas e indicar o tratamento mais adequado.

Neste artigo você encontrará tudo o que precisa saber sobre a fisioterapia pediátrica e como ela pode auxiliar as crianças a terem uma melhor qualidade de vida!

O que é a fisioterapia pediátrica?

A fisioterapia pediátrica é uma especialidade voltada ao tratamento de recém-nascidos, bebês, crianças e pré-adolescentes, chegando às vezes a cuidar também de adolescentes.

A maioria das pessoas tem uma visão de que a fisioterapia atua apenas na reabilitação, ou seja, em crianças que tenham algum atraso, síndrome ou qualquer transtorno em seu desenvolvimento. 

Entretanto, o profissional de fisioterapia trabalha também de forma preventiva, avaliando e acompanhando periodicamente o desenvolvimento dos bebês, sugerindo atividades para estimular seu desenvolvimento e orientando os pais e a escola a estimular e cuidar. 

A fisioterapia pediátrica ainda é indicada no tratamento de disfunções, recuperação de movimentos, tratamentos neurológicos, problemas respiratórios e tratamentos de lesões ortopédicas.

Quais as patologias mais comuns atendidas na fisioterapia pediátrica?

Como falei, a fisioterapia pediátrica pode agir no tratamento de diversas patologias ou síndromes que acometem o desenvolvimento motor das crianças, as principais são:

#1 Transtorno do Espectro Autista (TEA)

A abordagem da fisioterapia no TEA está bastante relacionada às funções básicas, como andar, sentar, ficar em pé entre outras. Além disso, o terapeuta também pode trabalhar em conjunto com os pais.

#2 Síndrome de Down

As crianças que apresentam esta patologia, a fisioterapia pediátrica pode atuar no desenvolvimento motor, proporcionando um maior fortalecimento da musculatura e independência para realizar algumas atividades. Ela é indicada logo após os nascimento e ao longo de todo o seu desenvolvimento.

#3 Paralisia Cerebral

Na paralisia cerebral, como não se sabe ao certo sua origem, não é possível agir na causa da doença, apenas nas consequências causadas por ela. A fisioterapia atua nas alterações musculares, melhorando a função motora para que as crianças possam desempenhar suas atividades físicas com mais autonomia.

#4 Hidrocefalia

Como o próprio nome sugere, a hidrocefalia é uma patologia que significa “água na cabeça” e o principal fator dessa doença é o nascimento prematuro da criança. Para os pacientes com hidrocefalia, a fisioterapia ajuda a ganhar controle de cabeça e tronco e fortalecer os membros superiores e inferiores, além de trabalhar o atraso no desenvolvimento.

#5 Doenças neuromusculares

No âmbito das doenças neuromusculares, a fisioterapia pediátrica também atua na melhora das funções básicas para que a criança tenha um pouco mais de autonomia, dependendo do grau de comprometimento. O terapeuta ainda, pode trabalhar para dar uma melhora na qualidade de vida e em conjunto com outros profissionais, como fonoaudiólgo e terapeuta ocupacional.

 

Além destas, patologias como espinha bífida, traumatismo crânio-encefálico, atrofia muscular, desvios posturais (escoliose, lordose etc.) e problemas respiratórios (bronquite, asma etc.) também são tratadas pelo fisioterapeuta pediátrico. 

Para uma melhora na qualidade de vida das crianças, é importante que todo o tratamento seja realizado em conjunto com outras especialidades, como o fonoaudiólogo e o terapeuta ocupacional.

A importância da fisioterapia para crianças

Como vimos, as crianças podem precisar de fisioterapia devido a diferentes causas e, dentre as mais procuradas estão a fisioterapia respiratória e motora. A fisioterapia respiratória tem por base prevenir e tratar doenças do sistema respiratório, por meio de manobras que eliminam a secreção dos pulmões e os mantém expandidos, evitando infecções como as pneumonias, bronquiolite, entre outras.

Já a fisioterapia motora irá ajudar a criança a ter um maior controle sobre o seu corpo, auxiliando no ganho de tônus muscular, independência e autonomia para realizar algumas atividades.

A fisioterapia para crianças e bebês deve ser feita de forma lúdica e com atividades planejadas. Elas devem se sentir à vontade e sobretudo seguras, afinal, é um ambiente diferente do qual estão habituadas e pode haver um certo medo no início. Os estímulos devem ser ofertados com qualidade e sem sobrecarga e, acima de tudo, com muito afeto e respeito pelas possibilidades de cada criança.