Muitas mães e pais, principalmente de primeira viagem, podem ter dúvidas em relação ao desenvolvimento motor do seu filho. Perguntas como: Será que seu desenvolvimento está adequado? Já não era hora de rolar ou sentar? Quando meu bebê vai começar a engatinhar ou andar? Esse tipo de pergunta é muito comum e ninguém melhor do que um fisioterapeuta especializado em pediatria para responder essas e outras questões relacionadas ao desenvolvimento dos pequenos. 

O fisioterapeuta pediátrico é o profissional indicado para identificar os marcos do desenvolvimento e assim, verificar se o desenvolvimento está dentro do esperado. Ainda, é capaz de apontar a causa para o bebê não estar realizando alguma habilidade (sentar, engatinhar, andar), as possíveis causas e indicar o tratamento mais adequado.

Neste artigo você encontrará tudo o que precisa saber sobre a fisioterapia pediátrica e como ela pode auxiliar as crianças a terem uma melhor qualidade de vida!

O que é a fisioterapia pediátrica?

A fisioterapia pediátrica é uma especialidade voltada ao tratamento de recém-nascidos, bebês, crianças e pré-adolescentes, chegando às vezes a cuidar também de adolescentes.

A maioria das pessoas tem uma visão de que a fisioterapia atua apenas na reabilitação, ou seja, em crianças que tenham algum atraso, síndrome ou qualquer transtorno em seu desenvolvimento. 

Entretanto, o profissional de fisioterapia trabalha também de forma preventiva, avaliando e acompanhando periodicamente o desenvolvimento dos bebês, sugerindo atividades para estimular seu desenvolvimento e orientando os pais e a escola a estimular e cuidar. 

A fisioterapia pediátrica ainda é indicada no tratamento de disfunções, recuperação de movimentos, tratamentos neurológicos, problemas respiratórios e tratamentos de lesões ortopédicas.

Quais as patologias mais comuns atendidas na fisioterapia pediátrica?

Como falei, a fisioterapia pediátrica pode agir no tratamento de diversas patologias ou síndromes que acometem o desenvolvimento motor das crianças, as principais são:

#1 Transtorno do Espectro Autista (TEA)

A abordagem da fisioterapia no TEA está bastante relacionada às funções básicas, como andar, sentar, ficar em pé entre outras. Além disso, o terapeuta também pode trabalhar em conjunto com os pais.

#2 Síndrome de Down

As crianças que apresentam esta patologia, a fisioterapia pediátrica pode atuar no desenvolvimento motor, proporcionando um maior fortalecimento da musculatura e independência para realizar algumas atividades. Ela é indicada logo após os nascimento e ao longo de todo o seu desenvolvimento.

#3 Paralisia Cerebral

Na paralisia cerebral, como não se sabe ao certo sua origem, não é possível agir na causa da doença, apenas nas consequências causadas por ela. A fisioterapia atua nas alterações musculares, melhorando a função motora para que as crianças possam desempenhar suas atividades físicas com mais autonomia.

#4 Hidrocefalia

Como o próprio nome sugere, a hidrocefalia é uma patologia que significa “água na cabeça” e o principal fator dessa doença é o nascimento prematuro da criança. Para os pacientes com hidrocefalia, a fisioterapia ajuda a ganhar controle de cabeça e tronco e fortalecer os membros superiores e inferiores, além de trabalhar o atraso no desenvolvimento.

#5 Doenças neuromusculares

No âmbito das doenças neuromusculares, a fisioterapia pediátrica também atua na melhora das funções básicas para que a criança tenha um pouco mais de autonomia, dependendo do grau de comprometimento. O terapeuta ainda, pode trabalhar para dar uma melhora na qualidade de vida e em conjunto com outros profissionais, como fonoaudiólgo e terapeuta ocupacional.

 

Além destas, patologias como espinha bífida, traumatismo crânio-encefálico, atrofia muscular, desvios posturais (escoliose, lordose etc.) e problemas respiratórios (bronquite, asma etc.) também são tratadas pelo fisioterapeuta pediátrico. 

Para uma melhora na qualidade de vida das crianças, é importante que todo o tratamento seja realizado em conjunto com outras especialidades, como o fonoaudiólogo e o terapeuta ocupacional.

A importância da fisioterapia para crianças

Como vimos, as crianças podem precisar de fisioterapia devido a diferentes causas e, dentre as mais procuradas estão a fisioterapia respiratória e motora. A fisioterapia respiratória tem por base prevenir e tratar doenças do sistema respiratório, por meio de manobras que eliminam a secreção dos pulmões e os mantém expandidos, evitando infecções como as pneumonias, bronquiolite, entre outras.

Já a fisioterapia motora irá ajudar a criança a ter um maior controle sobre o seu corpo, auxiliando no ganho de tônus muscular, independência e autonomia para realizar algumas atividades.

A fisioterapia para crianças e bebês deve ser feita de forma lúdica e com atividades planejadas. Elas devem se sentir à vontade e sobretudo seguras, afinal, é um ambiente diferente do qual estão habituadas e pode haver um certo medo no início. Os estímulos devem ser ofertados com qualidade e sem sobrecarga e, acima de tudo, com muito afeto e respeito pelas possibilidades de cada criança.

Desenvolvimento significa mudanças, novos comportamentos e transformações no organismo e cada etapa é pré-requisito para a próxima. O desenvolvimento motor permeia a vida de todas pessoas, possibilitando o ganho de habilidades e a realização de atividades diárias. 

Muitos autores dizem que grande parte de todo o desenvolvimento motor ocorre na infância e por isso ele pode ser considerado um dos melhores indicativos de desenvolvimento e bem estar das crianças. Mas você sabia que existem diversas escalas avaliativas para o desenvolvimento típico ou com alterações? 

Mas antes de conhecermos as escalas mais comuns, Você sabe como escolher a escala avaliativa de seu paciente?

Escolhendo a escala avaliativa correta

Dependendo do diagnóstico da criança (ou a ausência de diagnóstico médico) é escolhida uma escala de avaliação neuropediátrica específica para avaliação. Vamos listar as mais utilizadas e suas finalidades:

  • AIMS (Alberta Infant Motor Scale) – Avalia o déficit motor de uma forma geral, independente de doenças;
  • GMFCS (Sistema de Classificação da Função Motora Grossa) e GMFM (Mensuração da Função Motora Grossa) – muito utilizadas na verificação do nível de desempenho motor. Elas permitem um maior enfoque na deficiência motora e a avaliação quantitativa dos movimentos e a sua evolução. 
  • PEDI (Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade) – avalia a independência das rotinas diárias;
  • GM (General Movements) – avaliação de possíveis vulnerabilidades nos recém-nascidos;
  • PROTEA-R (Sistema de Avaliação do Transtorno do Espectro Autista) – auxilia no diagnóstico e acompanhamento da criança com possível Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Há outros diversas escalas tão boas quanto as citadas. O ideal que o profissional escolha de acordo com as características e diagnóstico da criança e a sua habilidade em aplicá-las.

Etapas da avaliação neuropediátrica

Uma avaliação neuropediátrica completa é iniciada pela etapa de anamnese. Essa etapa é fundamental e é onde o fisioterapeuta irá conversar com o paciente, ou os pais, para verificar as principais queixas. Em seguida, o terapeuta irá verificar qual escala avaliativa mais se adequa a criança e proceder para os exames motor, sensorial, físico e funcional e verificar o desenvolvimento destes quesitos de acordo com o esperado pela idade cronológica da criança.

Tendo como base o resultado da avaliação e a anamnese, o fisioterapeuta então inicia o tratamento. É indicado que a avaliação seja realizada periodicamente para que novos objetivos de tratamento sejam traçados.

Quer saber mais sobre as escalas avaliativas e métodos de avaliação neuropediátrica e reabilitação infantil? Entre em contato!

Até mais!

A abordagem em crianças portadoras do transtorno do espectro autista (TEA) requer sempre uma equipe multidisciplinar, como o fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicopedagogo e terapeuta ocupacional. Hoje, no entanto, iremos nos focar na fisioterapia no tratamento do TEA, que pode ter um impacto extremamente benéfico na qualidade de vida dos pacientes.

As crianças com TEA possuem alguns desafios em muitas áreas da sua vida. Além de atrasos no desenvolvimento, a maioria tem baixa tonificação muscular e grandes dificuldades de coordenação motora (correr, chutar, lançar, etc.). Estas questões podem interferir no funcionamento básico do dia a dia e é quase certo que elas interferem no desenvolvimento social e físico.

O desenvolvimento de uma criança com TEA

Normalmente, a partir dos 6 meses a criança já começa a apresentar alguns sinais muito sutis, como não atender ao chamado da mãe ou então a falta de interação durante o aleitamento materno. Essas diferenças de comportamento muitas vezes não são percebidas logo de imediato, mas, como já publicamos, existem pesquisas que preveem diagnosticar o TEA a partir do 3 meses, por meio de um eletroencefalograma (EEG).

Muitos sintomas apenas são percebidos perto dos 2 anos, que podem variar desde a dificuldade com a coordenação, a falta de força muscular e de equilíbrio.

A atuação do fisioterapeuta no TEA

O profissional de fisioterapia atua diretamente em funções determinantes para a vida da criança e adolescente com autismo; e até mesmo adultos. É importante ressaltar que quanto antes o tratamento iniciar, maiores são as chances de uma evolução bem-sucedida existir. 

No caso das habilidades motoras, o fisioterapeuta atua em funções básicas, como andar, sentar, ficar de pé, jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e a se locomover de maneira geral. atuando, principalmente, na melhora da qualidade de vida da criança. Além disso, também podem trabalhar com os pais para ensinar técnicas para ajudar os filhos a desenvolver força muscular, coordenação e habilidades motoras.

Já em ambientes escolares, os fisioterapeutas podem fazer com que as crianças trabalhem com eles individualmente, ou encorajá-las a participar nos ambientes ou em situações da vida real. Não é incomum que um fisioterapeuta crie grupos, juntando vários tipos de crianças, para trabalhar nos aspectos sociais das capacidades físicas. Fisioterapeutas também podem trabalhar juntamente com os professores de educação especial e auxiliares, professores de educação física e pais, para fornecer ferramentas para a construção de habilidades sociais e físicas.

A fisioterapia no tratamento do TEA: o método Bobath

Dentre vários exercícios voltados para a melhora do autista, muitos fisioterapeutas trabalham com o método Bobath, responsável por resultados muito satisfatórios. Importante salientar que tal técnica não surgiu para a intervenção no autismo, mas para casos envolvendo derrames cerebrais e paralisias infantis. Além disso, o método pode ser empregado em crianças e adultos.

Os fisioterapeutas entram com o método Bobath para a atuação em detalhes imprescindíveis na vida do autista. O trabalho na coordenação é uma das prerrogativas. Além disso, a adequação do corpo a uma postura (física) mais saudável é o ponto-chave da técnica Bobath. Ela é responsável por:

  • Aumentar o controle sobre a postura;
  • Simetria do corpo;
  • Variar as posturas;
  • Alongamento;
  • Aumentar ou diminuir tônus muscular;
  • Estimular extensão de cabeça, tronco e quadril nas crianças hipotônicas;
  • Estimular a reação de proteção e equilíbrio;
  • Trabalhar as rotações do tronco.

É válido reiterar que cada caso é único, então os resultados só podem vir a cada um de forma distinta. O autista pode ter uma vida muito melhor quando as intervenções são realizadas por profissionais multidisciplinares e acompanhamento dos pais.

É válido reiterar que cada caso é único, então os resultados só podem vir a cada um de forma distinta. O autista pode ter uma vida muito melhor quando as intervenções são realizadas por profissionais multidisciplinares e acompanhamento dos pais O autista é uma pessoa especial que merece atenção tanto dos profissionais que os cercam quanto dos pais, dando para ele as melhores estruturas para que possam levar uma vida quase normal.

Se você, fisioterapeuta, está em busca de qualificação profissional para poder promover uma melhor qualidade de vida aos seus pacientes com autismo, não deixe de conferir em nossa agenda o curso de Abordagem Fisioterapêutica no Autismo (TEA), com a fisioterapeuta Andreza Hoepers da Clínica Viva Neuroreabilitação de São Paulo/SP.

Referência: Verywell Health.

Não é de hoje que sabemos que a bandagem promove inúmeros benefícios aos pacientes, principalmente no combate a dores musculares. Como já escrevemos aqui no blog, a kinesio tape está sendo muito utilizada no tratamento de doenças neurológicas, principalmente em crianças.

A fisioterapia está buscando novas técnicas para que a reabilitação de crianças seja mais leve e rápida. A Bandagem surge como uma opção, principalmente em crianças com paralisia cerebral, já que estudos vêm comprovando que ela eleva a ativação muscular e auxilia no controle da sialorréia (deglutição da saliva).

Paralisia Cerebral

A paralisia cerebral (PC) é uma desordem não progressiva do sistema nervoso central, causada pela falta de oxigenação no cérebro do bebê. Ela causa uma forte rigidez muscular, alterações do movimento, da postura, falta de equilíbrio, falta de coordenação e movimentos involuntários, necessitando de cuidados durante toda a vida.

A criança com PC pode apresentar alterações motoras, posturais e de tônus muscular, levando à não coordenação dos movimentos e limitações de atividades.  Dentre as alterações neuromotoras e musculoesqueléticas, encontram-se encurtamentos musculares, desalinhamento biomecânico e fraqueza muscular.

O  tratamento  de crianças  com PC é realizado  por meio de técnicas convencionais   de Fisioterapia, tais como, o conceito Neuroevolutivo Bobath, a Hidroterapia e a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP).

Atualmente métodos inovadores estão sendo incluídos no programa de reabilitação onde encontramos a bandagem. A bandagem vem sendo tão estudada ultimamente, pois apresenta características importantes como ser hipoalergênica, possuir secagem rápida, elasticidade ideal, grande durabilidade e disposição da cola no formato de micro-ondulações, o que facilita a sua aplicação em tecidos e articulações.

O que os estudos falam?

Em 2014, em um estudo publicado pela revista “Developmental Neurology and Child Development” sobre os efeitos da bandagem em crianças com paralisia cerebral. Este estudo concluiu que a bandagem é uma abordagem complementar a resposta proprioceptiva, a aptidão física, função motora grossa e as atividades da vida diária.

Já em 2015, um estudo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) considera a hipótese de que a bandagem é capaz de promover uma estimulação sensorial durante a aplicação na epiderme, o que aumenta as aferências para o sistema somatosensorial. Assim, acredita-se que ocorrerá a estimulação de mecanorreceptores cutâneos (receptores de Ruffini), que são ativados com o estiramento e pressão da pele. Entretanto, cientificamente, não há comprovação que a bandagem ative este mecanismo.

Como conclusão deste estudo, a bandagem aparece como uma promissora técnica, pois demonstra resultados benéficos na melhora da função motora grossa de crianças com PC.

Outros estudos foram capazes de comprovar a eficácia da bandagem na melhora do controle da sialorréia. Com isso, a bandagem se destaca como um importante recurso também na área de fonoaudiologia.

Devemos destacar que a bandagem só deve ser aplicada por profissionais habilitados das área de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

A técnica da bandagem pode ser aplicada em diversas outras áreas. Quer aprender mais? A Neurocrescer está com turma aberta para o curso de Bandagem na Neuropediatria. Aproveite, pois as inscrições são limitadas.

A fisioterapia domiciliar, ou home care, é uma modalidade em que o paciente recebe o tratamento no conforto da sua casa e é recomendada para praticamente todas das enfermidades, principalmente para quem tem dificuldade de locomoção. Além disso, gera muitas oportunidades aos profissionais na área.

Este tipo de atendimento têm diversas vantagens tanto ao paciente como ao fisioterapeuta. Quer saber mais sobre este tema? Fique com a gente neste artigo!

O que é a fisioterapia domiciliar?

A fisioterapia domiciliar é caracterizada por um atendimento na casa do paciente, o que permite ao profissional uma avaliação da realidade e dificuldades deste paciente, promovendo melhorias para o bem estar do mesmo.

O fisioterapeuta irá desenvolver atividades para beneficiar o dia a dia deste paciente, utilizando além das técnicas, todo o carinho dos familiares.

Esse modelo de atenção à saúde tem sido amplamente difundido no mundo e tem como pontos fundamentais o paciente, a família, o contexto domiciliar, o cuidador e a equipe multiprofissional.

Como este modelo funciona?

A fisioterapia domiciliar é uma opção diferenciada de atendimento, em que o profissional vai a casa do paciente para realizar as sessões. Ele é contratado por pessoas que tenham algum impecílio para irem a clínica, podendo ser de locomoção, tempo, transporte, conforto, entre outros.

O fisiotepauta utilizará o espaço da casa do paciente para tratar e reabilitar, de acordo com as necessidades e condições patológicas.

Lembrando que cada paciente é um caso único e ímpar, que precisa de cuidados e adequações particulares.

Porque atender a domicílio?

O profissional que realiza a fisioterapia domiciliar tem a habilidade de lidar com os pacientes nas suas casas. Com isso, dependendo da patologia, é possível evitar o retorno ao hospital, prevenindo infecções e possibilitando um maior bem estar.

Como cada paciente é único, é fundamental que o profissional realize todo um planejamento para o seu tratamento, de acordo com a patologia e necessidades de cada paciente. O profissional que optar por este ramo, tende a ter mais sucesso, pois as pessoas têm buscado cada vez mais a praticidade e o conforto, por conta disso os atendimentos à domicílio em qualquer ramo vem crescendo exponencialmente.

Outro benefício é que o fisioterapeuta tem a oportunidade de indicar e orientar sobre exercícios e acessórios que podem ser realizados no dia-a-dia, orientando também a família para que auxiliem no tratamento, potencializando assim, os resultados.

Vantagens para o fisioterapeuta

Esta forma de atendimento proporciona inúmeras vantagens ao profissional, já que este ramo está em ascensão. A seguir, listamos os 5 principais benefícios da fisioterapia domiciliar para os fisioterapeutas.

  • Melhora a proximidade entre o fisioterapeuta e o paciente;
  • Melhora a proximidade entre o fisioterapeuta e a família;
  • Permite uma visão do contexto familiar;
  • Facilita o aprendizado do paciente na realização das suas atividades físicas diárias;
  • Permite maior flexibilidade de atendimento.

Benefícios para os pacientes

Assim como a fisioterapia domiciliar possui vantagens ao profissional, ela também proporciona muitos benefícios aos pacientes, como:

  • Paciente não precisa se locomover até a clínica;
  • Escolha do melhor horário para o atendimento;
  • É atendido no conforto de sua casa;
  • Está do lado da sua família;
  • Aumento significativo na recuperação, pela personalização do tratamento para cada paciente.

Como montar uma sessão de fisioterapia domiciliar?

Primeiramente é necessária uma avaliação minuciosa, com o objetivo de traçar uma conduta individualizada e personalizada para o paciente em questão.

Durante a avaliação o fisioterapeuta deve avaliar também o local em que as sessões serão realizadas, a fim de criar adaptações que permitam a realização do atendimento.

Acessórios podem ser levados pelo terapeuta ou comprados pelos familiares para auxiliar na reabilitação.

A sessão deverá ser montada de acordo com os objetivos propostos para aquele dia de atendimento (treino respiratório, treino de marcha, mudança de decúbito, etc).

Para saber mais sobre a fisioterapia domiciliar, participe do nosso curso “Fisioterapia domiciliar – da teoria à prática”, que será realizado dias 28 e 29 de março de 2020.

A bandagem é uma técnica desenvolvida no Japão em 1973 e é muito utilizada no meio esportivo. Apesar disso, seu uso não está restrito e está sendo aplicada em diversos outros segmentos da fisioterapia, como a neurológica. Estudos apontam muitos benefícios da técnica em doenças neurológicas.

A bandagem é dividida em dois grupos: as elásticas e as não elásticas. O foco deste artigo serão as elásticas.

Objetivos da Bandagem

A bandagem, ou kinesio taping, é uma fita adesiva elástica, hipoalergênica, à prova d’água, sensível ao calor, não contém nenhuma substância medicamentosa, e é composta por 100% de algodão adesivo, tendo uma espessura e textura muito semelhante à da pele. A cola adesiva da bandagem é disposta em formatos de linhas que imitam as das impressões digitais, a fim de simular os diversos sentidos da elasticidade humana.

O objetivo da técnica é proporcionar aos pacientes um recurso terapêutico que auxilie o corpo a buscar seu equilíbrio nos intervalos das sessões de terapias. Hoje ela pode ser utilizada tanto por fisioterapeutas, quanto por fonoaudiólogos, quiropatas e terapeutas ocupacionais, podendo ser aplicada na terapia de um público alvo bem amplo que vai de recém nascidos a idosos.

Efeitos da Bandagem

A bandagem promove estímulos sensoriais e mecânicos (elásticos) duradouros e constantes na pele. Esta bandagem mantém a comunicação com os tecidos mais profundos através de mecanorreceptores encontrados na epiderme e derme. De acordo com a fisioterapeuta, diversos benefícios vêm sendo descritos por estudos que comprovam a eficácia da técnica, sendo os mais conhecidos:

  • Redução de dores;
  • Correção biomecânica articular e de funções musculares;
  • Melhora da circulação sanguínea e linfática;
  • Reparação de lesões;
  • Facilitação ou limitação de movimentos.

Além desses benefícios básicos, a kinesio taping também tem efeitos positivos na correção postural, principalmente em adolescentes, na diminuição da restrição de cicatrizes, na diminuição de edemas e na melhora da aparência de manchas roxas causadas por lesões de cirurgia ou por batidas. Porém, os efeitos menos conhecidos da bandagem terapêutica se dão em sua utilização em patologias neurológicas. Conforme a fisioterapeuta, dentro desse meio ela pode ser aplicada tanto na pediatria quando na neurologia adulta.

Bandagem em doenças neurológicas

Na pediatria, a bandagem pode ser aplicada em tratamentos de paralisia cerebral, relaxando os músculos da criança que geralmente tem a musculatura muito rígida, promovendo o alívio de dores, ajudando na parte da postura do tronco, e facilitando os movimentos do corpo. Além disso, algumas crianças apresentam sialorréia intensa (babam muito), e nesses casos a bandagem pode ajudar a diminuir esse fluxo.

Outra patologia neurológica em que a kinesio taping pode agir positivamente é a síndrome de down. Nela, acontece o contrário da paralisia cerebral, pois as crianças são mais “molinhas”, com uma musculatura hipotônica e flácida, e tem pouca força para realizar movimentos. Nesses casos a bandagem entra como um reforço muscular para dar suporte à musculatura e potencializar o fortalecimento por meio dos exercícios da fisioterapia. Para essas crianças a bandagem estabiliza as articulações evitando possíveis luxações.

Como você percebeu, esta técnica pode ser muito utilizada na neuropediatria, por isso lançamos o curso de Bandagem na neuropediatria e já estamos na 2a turma do ano! Ainda dá tempo de você se inscrever! Clique aqui e saiba mais!

Fonte: Revista Mais Saúde.

Um estudo inovador realizado nos Estados Estudos, descobriu ser possível realizar o diagnóstico precoce do transtorno do espectro autista (TEA) em crianças a partir dos 3 meses de idade, por meio de um eletroencefalograma (EEG), exame que mede a atividade elétrica do cérebro.

O que é o Transtorno do Espectro Autista

O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo apresentar também sensibilidades sensoriais.

O diagnóstico do TEA é clínico, feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade.

Na maioria das crianças, a causa é desconhecida, embora, em alguns casos, existam evidências de um componente genético ou uma causa médica.O transtorno do espectro do autismo pode se manifestar durante o primeiro ano de vida, mas, dependendo da gravidade dos sintomas, o diagnóstico só ser claro na idade escolar.

Não há cura para o autismo. Remédios para lidar com ele só são prescritos na presença de agressividade e de outras doenças paralelas, como depressão.

O tratamento deve ser multidisciplinar, englobando médicos, fonoaudiólogos, físioterapeutas, psicólogos e pedagogos. Em resumo, tudo isso visa incentivar o indivíduo a realizar, sozinho, tarefas como se vestir, escovar os dentes e comer.

Isso, claro, sempre de acordo com o grau de dificuldade de cada criança. Quando as intervenções são feitas precocemente, há boa chance de melhora nos sinais do autismo.

Pesquisa e resultados

O estudo foi conduzido pelo Hospital Infantil de Boston em conjunto com a Escola de Medicina de Harvard e a Universidade de Boston. Foram submetidos ao exame 188 bebês, sendo que 99 tinham um irmão mais velho diagnosticado com autismo e 89 era considerados com baixo risco de desenvolver autismo. 

O estudo acompanhou essas crianças dos 3 aos 36 meses de idade, onde é possível realizar um diagnóstico mais assertivo. Foi desenvolvido um algoritmo que percebe alterações sutis na atividade elétrica do cérebro em portadores do TEA. 

Um dos cientistas envolvidos ficou bastante surpreso com a precisão dos resultados, cerca de 95% aos 3 meses e perto de 100% aos 9 meses, principalmente por ser possível verificar o grau dentro do espectro autista já aos 9 meses. Por não ser um exame invasivo e ter um baixo custo, é possível ser incorporado na rotina de avaliações dos bebês.

Atualmente estão sendo desenvolvidos inúmeros estudos observacionais em bebês dos 3 aos 6 meses de idade, quando já é possível identificar alterações no desenvolvimento infantil.

Este interesse em bebês leva em consideração o benefício de se ter um diagnóstico precoce, independente da patologia, permitindo iniciar logo o tratamento e diminuindo a preocupação por parte dos pais.

Estudos demonstram que a intervenção precoce pode ser definitiva para que algumas barreiras do desenvolvimento da criança autista – principalmente de comunicação e comportamental – sejam superadas.

Você, profissional da área da fisioterapia, quer aprender um pouco mais sobre como tratar crianças autistas? Se liga no nosso novo curso “Abordagem fisioterapêutica no autismo“.

 

Fonte: Revista Crescer.

Atualmente existem poucos estudos que relacionam a fisioterapia pós UTI neopediátrica ao retorno domiciliar. É sabido que esta prática é muito importante para o futuro do paciente, por este motivo foi incluído o fisioterapeuta intensivista na equipe multidisciplinar em UTIs.

O atendimento aos recém-nascidos prematuros é muito diferente do prestado a uma pessoa adulta, principalmente porque possuem peculiaridades fisiológicas e anatômicas e por ser uma área nova, existem poucos estudos sobre este tema.

A fisioterapia se faz importante em diversos momentos dos tratamentos intensivos, como o atendendo a pacientes graves que não necessitam de suporte ventilatório, assistência durante o período pós-operatório, visando reduzir o risco de complicações respiratórias e motoras, entre outros.

Atualmente, a ação do Fisioterapeuta dentro da unidade de terapia intensiva é ampla e tem como objetivos avaliar a mecânica respiratória do paciente, prestar assistência por meio de técnicas específicas da fisioterapia para melhor evolução da doença e fornecer cuidados na assistência ventilatória. Além disso, a atuação do Fisioterapeuta na UTI favorece a redução do risco de complicações dos sistemas respiratório, motor, neurológico e sensorial do paciente, permitindo a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares, reduz risco de infecção hospitalar e das vias respiratórias.

Problemas mais comuns na UTI neopediátrica

Devido à imaturidade dos sistemas neurológico, respiratório e cardíaco dos recém-nascidos prematuros (RNP), o atendimento fisioterapêutico não é um acréscimo no tratamento, mas uma necessidade em uma UTI Neopediátrica.

Para reabilitar os pacientes, se faz necessário um estudo da condição individual de cada criança para que em seguida sejam determinados os métodos de trabalho.

O ambiente em si de uma UTI neopediátrica é muito estressante para um bebê, seja pela estrutura física fechada ou pela quantidade de equipamentos, devido ao barulho (de equipamentos e principalmente da atividade do pessoal da UTI), iluminação intensa e contínua, sem alternância de dia e noite; manuseio excessivo (em torno de 134 vezes em 24hs por recém-nascido), posturas pouco adequadas dos recém nascidos do ponto de vista de desenvolvimento e procedimentos dolorosos.

Devido ao estresse que os pacientes e suas famílias ficam submetidos, é extremamente importante que os profissionais que atuam em UTI neopediátrica tenham um olhar humanizado.

Retorno domiciliar

Após a alta da UTI, o recém-nascido é acompanhado principalmente no seu primeiro ano de vida por toda uma equipe especializada, formada por um médico neuropediatra, fisioterapeuta especialista em neuropediatria, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo. De acordo com o quadro clínico do recém-nascido, esse atendimento pode ser intensificado (quando há piora do quadro clínico) ou espaçado (no caso do desenvolvimento neuropsicomotor se normalizar).

Para que o fisioterapeuta possa realizar as todo o atendimento de forma correta e proporcionar um tratamento com os melhores resultados para o neonato, é muito importante que ele tenha conhecimentos corretos e atualizados na área.

Se você se interessa por essa área, não deixe de garantir a sua vaga em nosso curso “Fisioterapia: da UTI neopediátrica ao retorno domiciliar”.

Uma coisa que preocupa os pais é o efeito que o uso de telas, como smartphones e tablets, podem causar em seus filhos. Com base nisto, reunimos alguns estudos que estão sendo realizados nos Estados Unidos sobre como o uso de telas pode afetar o cérebro das crianças e adolescentes, vamos lá?

 

Primeiro vamos falar de um estudo inovador realizado pelo governo norte americano que está tentando entender como o tempo de exposição de telas está mexendo com a estrutura física do cérebro e o desenvolvimento físico e mental das crianças e adolescentes atualmente.

Este estudo está sendo realizado em 21 locais dos Estados Unidos e os cientistas acompanharão 11000 crianças de 9 e 10 anos por dez anos para poderem mapear seus cérebros. A Dra. Gaya Dowling, do Instituto Nacional de Saúde Nacional americano, conta o que já aprenderam neste estudo.

Foram realizadas ressonâncias magnéticas com 4500 crianças inicialmente e as que passavam mais de 7 horas diárias com tablets, smartphones e telas em geral apresentaram diferenças significativas em relação as que não utilizavam tanto as telas.

Foi verificado um afinamento do córtex das crianças expostas as telas; o córtex é responsável pelo processamento de informações dos cinco sentidos (tato, audição, olfato, paladar e visão). Este afinamento do córtex é natural, mas acontece em uma idade mais avançada, não tão precocemente.

Outro dado importante já revelado por este estudo é que crianças que passam mais de duas horas expostas a telas diariamente obtêm notas mais baixas em testes de linguagem e de raciocínio.

Esperasse que quando o estudo estiver concluído seja possível apontar se esta exposição realmente afeta a criança e se a criança pode se viciar ou não nas telas.

Muitas questões só poderão ser respondidas com o término do estudo, o que deixa muitos estudiosos e pais ansiosos, principalmente para saber da exposição em crianças muito pequenas.

 

 

Uso de telas em crianças até 24 meses

Bebê olhando fixo apra tela de tablet

O Dr. Dimitri Christakis, autor das principais diretrizes mais recentes da Academia Americana de Pediatria para o tempo de exibição recomenda aos pais evitar o uso de mídias digitais, exceto bate-papo por vídeo em crianças menores de 18-24 meses.

É sabido que as crianças não transferem o conhecimento do mundo virtual para o real, ou seja, se ela aprende a empilhar blocos virtuais, ao ser apresentado os blocos reais para ela, ela vai iniciar tudo novamente, pois não consegue transferir as habilidades adquiridas nos jogos de duas dimensões para três dimensões.

Dr. Christakis é um dos únicos a desenvolver estudos com telas em crianças menores de dois anos, pois este é um período crítico na formação do cérebro humano. Os bebês são mais vulneráveis a estes equipamentos, pois eles sentem uma satisfação maior ao verem as coisas acontecendo, por isso que eles ficam tão fascinados ao verem os vídeos ou jogos de recompensas virtuais com luzes e sons.

 

Uso de telas em Adolescentes

Adolescente com olhar fixo em smartphone

Cientistas da Universidade da Califórnia conseguiram revelar o que acontece nos cérebros de adolescentes quando estão focados em dispositivos móveis, principalmente as redes sociais, já que a maioria deles alegam acessar a cada 10 ou 20 minutos.

Enquanto a maioria dos jovens relatam que o uso das redes sociais os fazem se sentirem mais conectados aos amigos, um estudo da Universidade da Pensilvânia relatou o contrário; os estudantes ficaram limitados a acessarem instagram, facebook e Snapchat por apenas 30 minutos diários e relataram reduções significativas na solidão e depressão.

 

É claro que a tecnologia traz inúmeros benefícios para o nosso dia a dia, mas é importante pensarmos que isto pode trazer consequências sérias.

O instagram, por exemplo, está monitorando o tempo que passamos nele, nos auxiliando a passar menos tempo na vida virtual e mais na real.

O nosso recado é: cuide para que seus filhos não sejam expostos demais ás telas e você mãe ou pai, curta mais a vida real, assim seu filho crescerá com o exemplo de que a tecnologia é muito benéfica, mas não deve ser utilizada de maneira desenfreada.

 

Extraído de: CBS NEWS

Já que a Páscoa está chegando, que tal criar atividades relacionadas ao tema? As opções são inúmeras! O importante é você escolher uma de acordo com a faixa de idade da criança e que atenda ao objetivo proposto. Ainda dá tempo para fazer algumas atividades com os pequenos e garantir uma Páscoa divertida e de muito aprendizado.

Ovo do coelho

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Ovo do coelho

Essa é bem fácil e vocês podem fazer em casa! Vale coelho, cesta ou o que remeter a Páscoa. Comprei o coelho pronto (mas dá para desenhar também) e os ovos com textura (para estimular o tato). O restante do material eu já tinha em casa. O interessante é espalhar os ovinhos pela casa. Depois de encontrá-los, o Augusto precisou colocá-los dentro do local indicado pela cor (fiz duas cores por coelho e colei 3 coelhas em paredes diferentes da casa). É super divertido e ainda estimula a atenção, cognição, tato, aprendizado das cores, coordenação e localização visou-espacial!

👫Atividade super completa para crianças a partir de 2 anos.

Pintando os ovos

Criança pintando ovos para a páscoa

Esta atividade de pintar ovos e os colocar para secar nas hastes, tem como principais objetivos estimular a coordenação bilateral (por trabalhar com as duas mãos), as noções visuo-espaciais (por pintar objetos com lados diferentes e depois colocá-los nas hastes), a sensibilidade (pelo contato das mãos com os objetos e com as tintas), coordenação motora (para saber direcionar o pincel nos ovinhos e os ovinhos nas hastes), a motricidade fina (pelos movimentos mais delicados das mãos e dedos com os objetos pequenos) e a criatividade. O ideal é propor atividades diferentes e que atendam aos objetivos que a criança precisa dentro daquela faixa de idade ou janela de oportunidade (esse é um assunto para outro artigo) A criança precisa se interessar e se envolver com o que lhe é oferecido – e os pais (ou terapeutas) precisam estar juntos para interagir e direcionar aos objetivos. Tudo isso regado a muita diversão e descontração! O momento precisa ser prazeroso (e de interação!) e não mais uma tarefa que a criança precisa realizar!

👫 Atividade ótima para crianças com mais de 18 meses!

Caça aos objetos

Criança buscando objetos escondidos na palha
Caça aos objetos

Mais uma atividade de Páscoa super divertida: caça aos objetos! Em uma bandeja com palha, esconda objetos (de diferentes tamanhos, cores e texturas) referentes a data: cenouras, ovos, mini coelhos e etc. Depois, é só envolver as crianças na procura. Esta atividade estimula o tato (pela textura da palha e dos objetos), a coordenação (coordenar os movimentos), motricidade (movimento de pegar algo), interação bilateral (utilizar as duas mãos) e cognição (pensamento e raciocínio). Além do mais, é uma atividade que promove a integração sensorial (por usar o sistema motor – os movimentos – associado ao sistema sensorial – visão, tato, etc.) e estimula a conexão entre os neurônios. Fácil, divertido e educativo! Augusto adorou e agora quer caçar as cenouras todos os dias.

👫 Atividade ótima para crianças com mais de 18 meses

Cenoura ao alvo

Criança colocando cenoura para o coelho

Uma atividade divertida ainda no ritmo da Páscoa: cenouras na boca do coelho! O coelho não ficou lá essas coisas, mas fiz com o que tinha no momento em casa (poucas coisas já que eu não queria usar guache/colas coloridas porque iriam demorar para secar). Esta atividade estimula a coordenação (por causa dos movimentos que precisava fazer para acertar as cenouras na boca do coelho), lateralidade (usar somente um lado do corpo e direcionar o movimento nesta direção) e equilíbrio! Raciocínio e cognição sempre estão envolvidos! Sem contar em toda movimentação que o Augusto teve que fazer em busca das cenouras para jogar na boca do coelho. Dá para adaptar está proposta com vários personagens.. as crianças adoram!

👫 Atividade ótima para crianças com mais de 18 meses.

Vamos colocar a mão na massa? Tenho certeza que as crianças irão adorar!

A fase do engatinhar faz parte do processo de desenvolvimento infantil. Estudos têm mostrado que parte das habilidades psicomotoras que uma criança precisa para se desenvolver no âmbito escolar ao longo da infância são estimuladas durante o engatinhar. A maioria dos bebês aprende a engatinhar por volta dos 8 a 12 meses de vida – logo após conseguir sentar sem apoio e a se virar para os lados sozinho. Esta é uma fase que não pode ser “pulada” pois é essencial para a aquisição do controle motor – ajuda a fortalecer grupos musculares importantes das mãos, braços, ombros e coluna; aprimora habilidades visuais que envolvem a percepção espacial e de profundidade; treina o equilíbrio entre outros benefícios.

O engatinhar e controle motor

Estudos mostram que existe uma estreita relação entre o controle motor, a psicomotricidade e o aprendizado escolar, ou seja, o desenvolvimento da atividade motora acontece em paralelo ao desenvolvimento da inteligência. Na escrita, por exemplo, para a criança desenvolvê-la, é necessário o envolvimento da motricidade fina e de um controle tônico-postural adequado – e o ato de engatinhar favorece este aprendizado. O aparelho vestibular (relacionado ao equilíbrio do corpo) e a propriocepção também são estimulados, o que auxiliará o bebê na exploração do ambiente e das diferentes partes do corpo.

O ato de engatinhar é a primeira atividade que envolve a alternância de braços e pernas em movimentos simétricos (a coordenação e as conexões neurais entre os dois hemisférios cerebrais são estimuladas!) Além disso, outras conexões neuronais importantes são aprimoradas por envolver a coordenação motora e a visão um uma única atividade. Com o tempo, o engatinhar auxiliará no desenvolvimento da coordenação óculo-manual – que nada mais é do que a relação entre olho e mão. Este aprendizado é importante para estabelecer a uma coordenação entre os olhos e a mão para calcular distâncias e aproximações, sendo essencial no processo de aprendizado da escrita e da leitura. Também há benefícios diretos para os processos cognitivos (como a concentração, a atenção, a compreensão e a memória) e para o treino das habilidades motoras finas e a sensibilidade ao tato (pelo simples fato de estimular toda a palma da mão ao tocar no chão), que se traduzirá em um bom controle do traço da escrita. Por fim, dentro de todos os benefícios do engatinhar, ajuda a estabelecer a lateralização do cérebro (mais ou menos aos 5 e 6 anos).

E não podemos esquecer que o engatinhar envolve a autonomia da criança e constrói autoconfiança para tomar as primeiras decisões como acelerar, desacelerar e quando investigar os objetos em seu caminho. Por meio do movimento, os bebês desenvolvem a capacidade de comunicação ao explorar e interagir com o espaço a sua volta.

Então, vamos colocar os pequenos para engatinhar?

Nos primeiros anos de vida do bebê, o elo entre mãe e filho se estabelece, principalmente, a partir do toque. Uma das formas de promover este contato é através da Shantala. A Shantala é uma técnica de massagem indiana para bebês, derivada da técnica Ayurvédica, com vários benefícios já bem documentados pela literatura científica. A prática foi popularizada pelo obstetra francês Frédérick Leboyer quando, em uma viagem ao sul da Índia, viu uma mãe acariciando seu filho de forma amorosa e acolhedora. A mulher se chamava Shantala e a maneira dócil e cuidadosa como tocava a criança passou a ser estudada por Leboyer e conhecida mundialmente.

A técnica tem como uma das funções estimular o sistema sensorial através do toque e alongar alguns músculos importantes para o desenvolvimento. Através do toque, a massagem promove inúmeros benefícios como a estimulação do sistema sensorial (ou seja, contribui para a integração sensorial e consequentemente reforçando as conexões entre os neurônios), a consciência corporal (o bebê ganha mais noção de espaço e dos limites do seu corpo e se movimenta melhor conforme se desenvolve) e intensifica o vínculo afetivo mãe-bebê. Além disso, alivia as cólicas (a Shantala pode contribuir para o alívio do desconforto, pois os movimentos ajudam a relaxar a musculatura abdominal, diminuindo assim as dores, gases e prisão de ventre), melhora a qualidade do sono por promover o relaxamento do bebê, melhora o sistema imunológico, diminui a produção do hormônio do estresse (cortisol), contribui com a respiração, melhora o alongamento muscular e corporal e traz segurança e aconchego. Estudos mostram que a Shantala pode ser um ótimo recurso terapêutico para auxiliar o desenvolvimento de bebês prematuros (o toque promove o ganho de peso e a estabilidade da temperatura corporal).

Dentro do desenvolvimento do bebê, a Shantala auxilia na melhora da respiração porque expande a caixa torácica. Os movimentos no abdômen auxiliam o funcionamento do intestino e do estômago. A posição em que o bebe fica – de costas – estimula a coluna vertebral. A movimentação de braços, mãos, pernas e pés facilitam o desenvolvimento da musculatura e o aprendizado de abrir e fechar, pegar e soltar.

Apesar dos benefícios para o desenvolvimento do bebê, a Shantala tem suas limitações: pode ser feita somente a partir dos 30 dias de vida (pois nessa idade há uma melhor maturidade da pele e a região do umbigo já estará praticamente cicatrizada) e preferencialmente em um ambiente calmo e acolhedor onde mãe e bebê possam estar envolvidos pela técnica. Em casos de doenças, é interessante ter cautela pois a massagem pode potencializar o quadro. E por último, se o bebê estiver tomado vacina, deve-se ter cuidados ao massagear a área perfurada, pois pode estar dolorido. Éimportante ressaltar que a orientação de um profissional é importante para garantir que nada esteja sendo feito de maneira errada ou prejudicando o bebê.

O método poderá ser feito em crianças até  7 anos de idade ou até quando elas aceitarem a prática. A Shantala não é indicada caso a criança apresente sinais como febre, diarreia ou resfriado, para não aumentar o desconforto decorrente dessas complicações. Além disso, a prática é contraindicada em crianças que estejam com fome ou logo após serem amamentadas. Como pode ser feita diariamente, é importante que os pais sintam qual horário o filho se sente mais confortável para recebê-la. Durante a aplicação, também é fundamental que os familiares higienizem bem as mãos, que devem ser lavadas antes com água e sabão. Além disso, é importante retirarem acessórios que podem machucar o corpinho do bebê, como anéis e pulseiras. A Shantala é um momento especial da rotina da família. Se incorporada no ritual do sono, ajuda inclusive a criança a aprender a dormir a noite inteira. Uma dica para auxiliar neste processo é finalizar a técnica com um banho quente.