A importância do engatinhar para o desenvolvimento do bebê

Primeiros passos para o processo de engatinhar de uma criança

A fase do engatinhar faz parte do processo de desenvolvimento infantil. Estudos têm mostrado que parte das habilidades psicomotoras que uma criança precisa para se desenvolver no âmbito escolar ao longo da infância são estimuladas durante o engatinhar. A maioria dos bebês aprende a engatinhar por volta dos 8 a 12 meses de vida – logo após conseguir sentar sem apoio e a se virar para os lados sozinho. Esta é uma fase que não pode ser “pulada” pois é essencial para a aquisição do controle motor – ajuda a fortalecer grupos musculares importantes das mãos, braços, ombros e coluna; aprimora habilidades visuais que envolvem a percepção espacial e de profundidade; treina o equilíbrio entre outros benefícios.

O engatinhar e controle motor

Estudos mostram que existe uma estreita relação entre o controle motor, a psicomotricidade e o aprendizado escolar, ou seja, o desenvolvimento da atividade motora acontece em paralelo ao desenvolvimento da inteligência. Na escrita, por exemplo, para a criança desenvolvê-la, é necessário o envolvimento da motricidade fina e de um controle tônico-postural adequado – e o ato de engatinhar favorece este aprendizado. O aparelho vestibular (relacionado ao equilíbrio do corpo) e a propriocepção também são estimulados, o que auxiliará o bebê na exploração do ambiente e das diferentes partes do corpo.

O ato de engatinhar é a primeira atividade que envolve a alternância de braços e pernas em movimentos simétricos (a coordenação e as conexões neurais entre os dois hemisférios cerebrais são estimuladas!) Além disso, outras conexões neuronais importantes são aprimoradas por envolver a coordenação motora e a visão um uma única atividade. Com o tempo, o engatinhar auxiliará no desenvolvimento da coordenação óculo-manual – que nada mais é do que a relação entre olho e mão. Este aprendizado é importante para estabelecer a uma coordenação entre os olhos e a mão para calcular distâncias e aproximações, sendo essencial no processo de aprendizado da escrita e da leitura. Também há benefícios diretos para os processos cognitivos (como a concentração, a atenção, a compreensão e a memória) e para o treino das habilidades motoras finas e a sensibilidade ao tato (pelo simples fato de estimular toda a palma da mão ao tocar no chão), que se traduzirá em um bom controle do traço da escrita. Por fim, dentro de todos os benefícios do engatinhar, ajuda a estabelecer a lateralização do cérebro (mais ou menos aos 5 e 6 anos).

E não podemos esquecer que o engatinhar envolve a autonomia da criança e constrói autoconfiança para tomar as primeiras decisões como acelerar, desacelerar e quando investigar os objetos em seu caminho. Por meio do movimento, os bebês desenvolvem a capacidade de comunicação ao explorar e interagir com o espaço a sua volta.

Então, vamos colocar os pequenos para engatinhar?