A importância da fisioterapia da UTI neopediátrica ao retorno domiciliar

Newborn boy covered in vertix in incubator

Atualmente existem poucos estudos que relacionam a fisioterapia pós UTI neopediátrica ao retorno domiciliar. É sabido que esta prática é muito importante para o futuro do paciente, por este motivo foi incluído o fisioterapeuta intensivista na equipe multidisciplinar em UTIs.

O atendimento aos recém-nascidos prematuros é muito diferente do prestado a uma pessoa adulta, principalmente porque possuem peculiaridades fisiológicas e anatômicas e por ser uma área nova, existem poucos estudos sobre este tema.

A fisioterapia se faz importante em diversos momentos dos tratamentos intensivos, como o atendendo a pacientes graves que não necessitam de suporte ventilatório, assistência durante o período pós-operatório, visando reduzir o risco de complicações respiratórias e motoras, entre outros.

Atualmente, a ação do Fisioterapeuta dentro da unidade de terapia intensiva é ampla e tem como objetivos avaliar a mecânica respiratória do paciente, prestar assistência por meio de técnicas específicas da fisioterapia para melhor evolução da doença e fornecer cuidados na assistência ventilatória. Além disso, a atuação do Fisioterapeuta na UTI favorece a redução do risco de complicações dos sistemas respiratório, motor, neurológico e sensorial do paciente, permitindo a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares, reduz risco de infecção hospitalar e das vias respiratórias.

Problemas mais comuns na UTI neopediátrica

Devido à imaturidade dos sistemas neurológico, respiratório e cardíaco dos recém-nascidos prematuros (RNP), o atendimento fisioterapêutico não é um acréscimo no tratamento, mas uma necessidade em uma UTI Neopediátrica.

Para reabilitar os pacientes, se faz necessário um estudo da condição individual de cada criança para que em seguida sejam determinados os métodos de trabalho.

O ambiente em si de uma UTI neopediátrica é muito estressante para um bebê, seja pela estrutura física fechada ou pela quantidade de equipamentos, devido ao barulho (de equipamentos e principalmente da atividade do pessoal da UTI), iluminação intensa e contínua, sem alternância de dia e noite; manuseio excessivo (em torno de 134 vezes em 24hs por recém-nascido), posturas pouco adequadas dos recém nascidos do ponto de vista de desenvolvimento e procedimentos dolorosos.

Devido ao estresse que os pacientes e suas famílias ficam submetidos, é extremamente importante que os profissionais que atuam em UTI neopediátrica tenham um olhar humanizado.

Retorno domiciliar

Após a alta da UTI, o recém-nascido é acompanhado principalmente no seu primeiro ano de vida por toda uma equipe especializada, formada por um médico neuropediatra, fisioterapeuta especialista em neuropediatria, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo. De acordo com o quadro clínico do recém-nascido, esse atendimento pode ser intensificado (quando há piora do quadro clínico) ou espaçado (no caso do desenvolvimento neuropsicomotor se normalizar).

Para que o fisioterapeuta possa realizar as todo o atendimento de forma correta e proporcionar um tratamento com os melhores resultados para o neonato, é muito importante que ele tenha conhecimentos corretos e atualizados na área.

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